Querida Tété

Há meses que me pediste estas linhas para o aniversário do Chapitô e acaba por ser à última hora que as escrevo; mas tenho pensado nisso constantemente e, se fosse escrever tudo o que me passou pela cabeça e de que me vou lembrando, desde que, ainda noutra era!, nos conhecemos em Paris até hoje, não seriam algumas linhas mas quase uma novela! Não saberia pôr em poucas palavras tanto tempo, tantas aventuras e uma amizade nunca interrompida desde há trinta e tal anos!

Mas essa capacidade de amizade não é o teu único traço maior. Devo dizer-te o quanto invejo essa tua espantosa capacidade de dar a volta por cima nas mais difíceis situações e sempre com um extraordinário bom humor e essa tua enorme tenacidade que te faz mover montanhas para chegares às metas e ultrapassá-las, e é esse o caso do Chapitô que inventaste, criaste, construíste e tens, depois, pilotado por entre escolhos e tempestades com um sucesso crescente. Bravo! Continua! Um grande beijo.

<< Jorge Martins >>